segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Areia


Areia é um agregado miúdo que resulta da fragmentação de rochas como granito, gnaisse, basalto, sílica, quartzo e calcário e, segundo a NBR 7.211 - Agregados para Concreto, deve passar por peneira com abertura de malha de no máximo 4,8 mm. Pode ser obtida de fontes naturais, como leitos de rios, ou industrializada, decorrente de britagem. A reciclada, proveniente de demolição, ainda é pouco usada e exige checar se há contaminação com metais, madeiras, cerâmica ou impurezas.
O transporte pode corresponder a um terço do seu valor, pois as áreas de extração estão cada vez mais distantes. A areia usada na Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, vem de jazidas a até 150 km de distância. É esse custo que, para o engenheiro Eugenio Pacelli, do escritório Pacelli engenharia civil, determina a escolha entre a areia industrializada e a natural.

Ao comprar, é preciso checar a autorização do Ministério de Minas e Energia, o alvará municipal, o licenciamento ambiental, a autorização para supressão de vegetação nativa e intervenção em áreas de preservação.
A areia é comercializada por metro cúbico. "O problema é que, principalmente a natural, aumenta de volume quando úmida ou quando revolvida", conta Ercio Thomaz, pesquisador do Centro de Tecnologia do Ambiente Construído (Cetac) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Assim, para conferir a quantidade fornecida, o ideal é contar com equipamentos capazes de medir o teor de umidade do material.
Industrializada x natural
Industrializada: feita a partir de rochas britadas, geralmente não tem contaminantes como argilas e materiais orgânicos, além de apresentar maior uniformidade no tamanho dos grãos. Em relação às naturais, tem textura mais áspera e grãos no formato de placas alongadas. Por isso, apresenta maior atrito interno e tem superfície maior, o que exige mais água e mais aglomerante. "Deve-se tomar cuidado para a argamassa não ficar muito dura, muito retrátil e com maior risco de ocorrência de fissuras de retração", alerta Thomaz. Por outro lado, a textura rugosa pode ser interessante para chapisco ou locais com acabamento rústico.
Natural lavada: com grãos esféricos e menor superfície específica, necessita de menos água e "produz argamassas com melhor trabalhabilidade", afirma o engenheiro Eugênio Pacelli, do escritório Pacelli Engenharia Civil. Ao usar, é preciso checar se está limpa, livre de contaminantes como argilas e materiais orgânicos.

Impurezas
Sujeira na areia pode causar reações de expansão, fissuras de retração, redução da aderência e até descolamento dos revestimentos. "As impurezas orgânicas podem impedir o endurecimento do cimento", avisa Thomaz. A NBR 7.211 limita a 3% a quantidade de torrões de argila; 3% de materiais finos e 10% de impurezas orgânicas. Na ausência de laudo laboratorial ou na impossibilidade de encaminhar amostra para análise, uma das formas de examinar se a areia está limpa é observando a cor. Quanto mais rosada, provavelmente mais argila e mais silte a areia contém. Mas essa não é uma regra livre de erros, pois a cor depende da rocha da qual provém.

Preveja um local de fácil acesso à descarga e próximo ao local de uso
Separe a areia de acordo com a data de chegada
Não misture areias de granulometrias diferentes
Armazene em local livre de chuva
Para evitar contaminação, não deposite diretamente no solo, mas sobre plástico ou lona


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